quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Para Sempre (Drummond)





Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca

mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.










“Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu. (...)

Aquele que nos formou para este destino é Deus mesmo, que nos deu por penhor o seu Espírito. Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor.”. (Coríntios 5:1, 5-6)







Esta é uma singela homenagem à minha avozinha, que faleceu no dia 24 de novembro de 2009 e hoje mora ao lado do Nosso Grande Pai.