quinta-feira, 19 de março de 2015

GUERRA DOS TRONOS

Sou viciada em seriados. Gosto de gêneros diversos, dentre eles, policial, drama, ficção científica, comédia e aventura. Demorei um pouco a comprar “Game ofThrones”. O primeiro motivo, foi que prefiro seriados que já acabaram, porque fico muito ansiosa aguardando as temporadas subsequentes. Mas pensei bem e optei por compra-la, sendo que uma das razões, foi que amei “O Senhor dos Anéis”, então imaginei que poderia ser um pouco parecido. Ledo engano.

Embora tenha uma pontada de fantasia, “Game of Thrones” é muito mais complexo que “O Senhor dos Anéis”. Não sou a primeira que vem escrever sobre “Game of Thrones” e muito menos serei a última. Meu artigo estará muito longe de ser o melhor ou mais autêntico sobre a série. Mas, tenho algo que compartilho com os fãs de “Game of Thrones”: a surpresa. A série superou e muito as minhas expectativas, é de tirar o fôlego.

Ao pensar e falar sobre a Guerra dos Tronos, não consigo ao certo definir em palavras a minha impressão sobre a série. Ao assistir “Game of Trones” sinto um misto de ansiedade, apreensão, pavor, tristeza, indignação. Durante alguns dias, sentia uma tristeza tão grande pelo destino de certos personagens, que pensei seriamente em deixar essa série de lado, mas é impressionante como ela me persegue durante todo o tempo.

A história se passa em Westeros, que é como se fosse uma antiga Europa. Em Westeros há sete reinos e o objetivo central da narrativa é mostrar as lutas dinásticas pelo trono de ferro. O trono de ferro é o trono do rei, que detentor dele, tem o poder de decidir sobre a vida e a morte de seus súditos. Além disso, existem os lordes, que são guardiões de determinadas regiões, como o Lorde Ned Stark, que é o Guardião do Norte.

Com um figurino fantástico e um alto investimento no cenário, “Game of Thrones” conseguiu demonstrar com muita verossimilhança, a narrativa exposta no livro, deixando expectadores do mundo todo, embevecidos com uma produção de tão alta qualidade.
A produção da Guerra dos Tronos, conseguiu trazer para a televisão, personagens de personalidades complexas, em especial, as mulheres. Existem personagens perversos, sádicos e também aqueles honrados e de bom coração. Mas existem também aqueles que se confundem entre o bem e mal. O ponto máximo da série é a vaidade. A busca pelo poder, que não raras vezes se torna inescrupulosa, de sorte a corromper muitos personagens que no início da série eram “bonzinhos”.

A série é repleta de tramas intricadas, conspirações e alianças improváveis para se obter o poder. Ao contrário das demais séries, “A guerra da Tronos”, não se apega em nenhum personagem. Embora existam vários personagens principais, o seu favorito pode morrer a qualquer momento.

Em “Game ofThrones” não existe muito pudor e quem tem estômago fraco não pode se aventurar nesse drama. A série é repleta de cenas de nudez, sexo, além de outras mais chocantes, como estupro, infanticídio, tortura, incesto e lutas corporais extremamente violentas. Os produtores não pouparam seus expectadores e mostraram como são os horrores das guerras medievais e como funcionava o “olho por olho, dente por dente”.

Eu recomendo para aqueles expectadores que não esperam um roteiro retilíneo e previsível, com um daqueles finais hollywoodianos em que o mal sempre é derrotado e o bem sempre triunfa. Talvez porque em “Game ofThrones” seu personagem preferido tenha se despedido há muito tempo, talvez porque em “Game ofThrones” o único fato previsível é que não veremos finais “açucarados” que terminam com um casamento e monte de bebês.